História da Capoeira
História
da Capoeira
Acima de qualquer dúvida, a capoeira é originada de terras brasileiras.
Podemos afirmar que o índio muito colaborou com o então escravo Africano
no Brasil, para formação do que hoje conhecemos como “capoeira”.

Por causa disso, aqueles escravos ficaram conhecidos como,
“CAPOEIRAS” e sua
luta, capoeira a história registra o aparecimento da capoeira no século XVII. O
“quilombo dos palmares” talvez tenha sido o primeiro lugar organizado de ensino
á prática da capoeira.
Diz-se que Zumbi, o Rei do Quilombo dos Palmares, era exímio na arte da
capoeira, nasceu da panca nativa dos Zebras, onde pontapés e rasteiras dentro
de um círculo, eram trocados por dois índios que disputavam o amor de uma
menina índia, da tribo.

Os negros Africanos utilizaram-se desse ritual para inserirem as técnicas
de golpes com pés e pernas na capoeira, podendo então treinar sem qualquer
preocupação com os senhores do engenho e seu capatazes.
Para não se deixar agarrar vivo, o negro se refugiava nas capoeiras e se
defendia com um estranho jogo de pernas, braços e tronco e também cabeça.
Executava-o com muita agilidade e habilidade pondo por terra os soldados
que ia prendê-lo.
Desta maneira se espalhou o jogo da capoeira, “pavor dos soldados”.
A república negra só depois de muitos anos de luta é que foi finalmente
aniquilada pelo paulista Domingos Jorge Velho.
Muito embora seja originária dos negros, foi o mulato quem mais aprimorou
a capoeiragem.
Com a chegada de D’João VI ao Brasil, em 1808, teve a capoeiragem o seu
apogeu, a tal ponto que os políticos terminaram por colocá-la a serviço de suas
ambições. No entanto, a carta de 31 de outubro de 1821 chegou a estabelecer
castigos para quem a praticasse, com a proclamação da República em 1889, a
capoeiragem foi proibida pelo código Penal Brasileiro. Isso não obstou que ela
continuasse e aparecessem grandes Mestres.
Um de seus maiores, quem mais a perseguiu talvez, foi o Dr. Sampaio
Ferraz, que tudo fez para extingui-la. Prendia os capoeiras e os desterrava para
Fernando de Noronha.
Não via a classe social na capoeira: fosse este rico ou pobre branco ou
preto, filho de quitandeira ou de almirante, lá ia ele sem apelação para o
desterro, a temível ilha.
Porém, em 1904 um autor que se ocultou nas iniciais ODC lançou um livro
que fez época, intitulado: “Guia do capoeira ou Ginástica Brasileira”. Ali
explicava os golpes necessários, que como o judô, é muito, sendo 30 os
fundamentais.
A capoeira tem hoje suas escolas na Bahia, ficou muito conhecida a do
mestre Bimba.
Grande capoeirista foi Coelho Neto, o imortal autor de “Sertão”. Em 1909,
um dos grandes lutadores de capoeira foi o filho do Marechal Floriano Peixoto,
que numa luta esportiva de jiu-jitsu,venceu o japonês, Miako. Luiz Edmundo
descreve a capoeira assim:
“Encarna o espírito de aventura e de
malandragem e da fraude; é sereno e arrojado, e na hora da refoga ou da
contenda, antes de pensar na choupa ou na navalha, sempre ao manto cozida,
vale-se de sua esplendida destreza, com ela confundindo e vencendo os mais
armados e fortes contendores. Nessa hora o homem franzino e leve transfigura-se.
Com a cabeça em meio aos pulsos em que anda, atira a cabeçada sobre o ventre
daquela com quem luta e o derruba. Com a pena lança a treve, o calço. A mão
joga a tapona e com o pé a rasteira, o pião e ainda o rabo-de-arraia. Na hora
da paz ama a música, a doçura sensível do hegeiro lundu, dança a fofa, a
chocaina e o serembeque pelos lugares onde haja vinho, jogo, fumo e mulatão.
Frequenta os pátios das tabernas os antros, ela maneja para os lados do Arsenal.
Usa e abusa da moral da ralé, moral oblíqua, reclamando pelourinho, degredo e às
vezes força”.
A capoeira é um jogo de ataque e defesa, não raro considerado dança esporte
e luta de maneiras rápidas e características compostas de cabeçadas e
rasteiras. Existem dois tipos de capoeira, a de angola, de Mestre Pastinha e a
regional de Mestre Bimba. A angola é mais popular na Bahia, enquanto a regional predomina no Sul.

Os praticantes da capoeira, também como desporto, os atletas e os
técnicos de capoeira.
Surgidos de vários estados brasileiros incrementaram a capoeira para o
mundo, só como cultura?Não. Como esporte que a capoeira teve projeção.
Desde 1972 até 1980 viveu uma fase importantíssima que ajudou a definir
seu futuro no mundo.
Atletas como Mestres Ubirajara Acordeon Baiano, Mestre Tapoã, filhote de onça
(in memória), comendador Airton Neves Moura. Mestre Onça (in memória) fundador
da federação paulista, Mestre Onça Negra e Mestre Deputado (Goiás), todos os
alunos de Mestre Bimba. Vaguinho e Vagner, equipe Matriz Center, Mestre Gládson
de Oliveira Silva (Associação de capoeira policenter) fundador FPC, instrutor
de capoeira na USP/SP.
Em princípio, a modalidade não estava sendo aceita por não ser uma Arte Marcial,
Mestre Airton Neves Moura (Onça) pediu aos presentes que segurassem uma
cadeira, logo em seguida soltou uma meia lua de compasso potentíssima que fez
voar pedaços de cadeira por todos os lados, e a capoeira?...Foi aceita na
universidade de São Paulo pela primeira vez. A capoeira é um jogo, sobretudo,
de agilidade de braços e pernas, foi introduzido no Brasil pelos escravos
bantuns de angola e esta espalhada por todo o território nacional, onde houve e
há Mestres na capoeiragem.
É um jogo defensivo e ofensivo,
que conforme os capoeiras chegam a alcançar violência mortal.
Nas práticas religiosas a que os
Africanos se entregavam, as danças litúrgicas, ao som de instrumentos de
percussão, desempenhavam papel de grande relevância. O rítimo bárbaro exacerbava-lhes
os saltos, exercitava-os na ginga do corpo, dotando-os de grande agilidade e
mobilidade, acrescidos de excepcional destreza e velocidade nos movimentos. Neste
ritual a capoeiragem encontra sua verdadeira origem, por volta do século XVIII,
na época em que ocorreram as invasões holandesas, os escravos na sua maior
parte composta de negros de Angola, os quais pela sua índole refratária ao
trabalho mais penoso sentiam o cativeiro, aproveitavam a confusão que se
estabelecia e fugiam, reunindo-se nas fraldas da serra da barriga, em Alagoas.
Quando o número de fugitivos atingiu
a 20.000, formou uma república que ficou conhecida em nossa história como a
República dos negros de mil façanhas.
Para conseguirem provisões,
saqueavam as cidades próximas, depredavam casas e a todos espancavam para se vingarem dos maus tratos sofridos no cativeiro.
Várias expedições foram
organizadas para combatê-los e elimina-los; mas os negros usando a capoeira nas
lutas de corpo-a-corpo chegaram a derrotar mais de 24 expedições. Essas eram
chefiadas por capitães do mato que recebiam ordens de capturar os escravos
vivos ou mortos.
Com a guerra do Paraguai muitos
capoeiras foram recrutados a força para combaterem pelo Brasil, com gloriosos
feitos e bravos atos no palco de guerra, os capoeiras fizeram com que a
capoeira fosse considerada e reconhecida como luta Marcial Brasileira.
Por um bom tempo muitos capoeiras desocupados e sem perspectivas de vida
e trabalho honrado e que desse para seu sustento e o de suas famílias,
começaram a formar grandes grupos e promoviam badernas e arruaças, assaltos e
violentas lutas nas cidades, onde a capoeira era mais desenvolvida, tais como,
Rio de Janeiro, Salvador e Recife.
Somente
em 1932 com Mestre Bimba em Goiânia, foi que a capoeira ressurgiu com
características esportivas.
A partir de então um trabalho de grande porte e esforço vem sendo
realizado pelos dirigentes desportivos da capoeira procurando torná-la mais
forte, respeitada e reconhecida como esporte brasileiro.
Na capoeira usam-se cordões para identificar os vários
graus de conhecimento de seu praticante. Os cordões simbolizam as cordas que eram
amarradas pela cintura dos escravos colocados á venda nas praças públicas.
Os cordões são confeccionados nas cores verde, amarelo,
azul e branco representando as cores da bandeira brasileira. O iniciante recebe
o cordão verde e o último será o branco, quando se tornar o Mestre, o branco
representa a paz e a sabedoria.
Nunca é demais lembrar, que nas
décadas de 60 e 70 alguns capoeiristas baianos que vieram para São Paulo em
busca de uma vida melhor, acabaram iniciando uma nova fase de conquistas para a
capoeira. Em 1974 é fundada a primeira federação de capoeira do país.
Foi também em São Paulo , em 1975 que
aconteceu o primeiro campeonato brasileiro de capoeira. Nesta época as
academias conquistaram espaço no meio artístico e começaram não só receber pessoas
de classes populares, mas também intelectuais.
Fonte: Livro "A Magia da Capoeira" autor Jean Carlos de Andrade.
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Olá... Por uma acaso achei e adorei seu blog. Sou professora e amo a capoeira!!! Estarei visitando sempre seu blog!!!
ResponderExcluirAbraços Clara Nunes
Obrigado Clara Nunes,fico muito feliz que tenha gostado,seja sempre bem vinda,se puder dê também uma olhada em meu blog oficial http://profjeanandrade.blogspot.com/ abção!!! Jean C. de Andrade :)
ExcluirA capoeira nasceu em Angola, e só desenvolveu em Brasil,
ResponderExcluirO nome deste arte linda também foi criada em Brasil mais a dança é Originaria de Angola.
Olá Dom,obrigado por comentar,mas eu discordo de sua colocação em parte, a capoeira foi inventada em terras brasileiras, a dança sim foi trazida de Angola na África,mas os golpes de luta foram introduzidos por aqui, como citei na história acima,o Índio brasileiro muito colaborou com o nascimento do que hoje conhecemos como capoeira,se você quiser saber mais um pouco sobre a história completa desta arte linda criada pelos Negros escravos, recomendo este meu livro “A MAGIA DA CAPOEIRA”, um abraço dom e seja sempre bem vindo!!!
ExcluirMuito grato por este livro. Graça a ele nós leitores e capoeristas passamos a aprofundar mais nossos conhecimentos.Nos preparamos para melhor dialogar sobre esta magia que é a capoeira.Dialogamos por meio da conversa corporal e verbal. Obrigado Jean Andrade
ExcluirObrigado pelos comentários Luciano Pereira,o intuito maior e o que me fez aprofundar um pouco mais na história da capoeira, foi exatamente isto, assim pude descrever a capoeira como uma conversa corporal e verbal como você disse, é realmente uma magia esta nossa luta maravilhosa, abraços, seja sempre bem-vindo!!!
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